Reflexão

Com a realização deste portefólio percebemos que a Intervenção Assistida por Animais (IAA) pode ser dividida em Atividades Assistidas por Animais (AAA), Terapia Assistida por Animais (TAA) e Educação Assistida por Animais (EAA). Embora os termos pareçam muito semelhantes, existem algumas diferenças, sobretudo no que diz respeito à especificação dos seus objetivos.

As Atividades Assistidas por Animais consistem numa intervenção sem objetivos específicos, que pode ocorrer em vários contextos. Estas atividades produzem benefícios a nível motivacional, educacional e recreativo.

A Terapia Assistida por Animais consiste numa intervenção com objetivos específicos onde o animal é um elemento do processo de tratamento. Destina-se a promover uma melhoria no funcionamento físico, social, emocional e cognitivo.

E, por fim, a Educação Assistida por Animais que consiste numa intervenção com objetivos específicos na área da educação, isto é, comportamentais ou de aprendizagem. Destina-se a promover uma melhoria emocional e/ou cognitiva.

Todos estes tipos de intervenção podem ser aplicados em diferentes contextos e a qualquer pessoa, independentemente da faixa etária.

Depois de analisarmos vários artigos, noticias, vídeos e alguns sites percebemos que este tipo de intervenção pode contribuir para o desenvolvimento de competências em várias perturbações, doenças e dificuldades como: Trissomia 21; Dificuldade Intelectual e Desenvolvimental; Deficiência Visual ou Auditiva; Deficiência Motora, como, Paralisia Cerebral; Perturbação do Espetro do Autismo; Doenças Mentais, como, Depressão, ou Perturbação da Ansiedade; Dificuldades de Aprendizagem; Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção; Alzheimer; Parkinson; Cancro; Entre outras.

Percebemos que o contexto varia de acordo com as características da pessoa (faixa etária e competência a desenvolver) e consequentemente com os objetivos da intervenção e ainda de acordo com o animal mediador da terapia.

Assim sendo, os contextos podem ser, em Instituições e Projetos de Intervenção Assistida por Animais, em Lares, Hospitais, domicílios, clínicas de reabilitação e mais recentemente em escolas e Universidades, contextos que têm vindo a aumentar a aderência a este tipo de terapia, não só pelas possíveis Dificuldades de Aprendizagem mas sobretudo pelo aumento dos níveis de stress e ansiedade nestas instituições.

Também os animais utilizados nas terapias podem ser bastante variados. Os mais utilizados são o cão e o cavalo, no entanto, existem outros animais, como golfinhos, peixes, coelhos, gatos, répteis, burros, porco-espinho, pássaros entre outros, sendo que estes são os que foram abordados neste portefólio.

Foi bastante surpreendente perceber que alguns dos animais, como os cães, também beneficiam com esta interação, libertando também eles endorfinas.

A elaboração deste portfólio permitiu a consolidação de diversos conceitos, bem como a descoberta de muitos outros. A pesquisa centrada na IAA permitiu divergir para a exploração das suas diversas áreas. Atualmente, é recorrente a utilização do cão e do cavalo como mediadores terapeutas, mas será que só estes animais permitem alcançar o sucesso terapêutico?

Após toda a pesquisa que elaboramos, podemos perceber que existe uma vasta oferta terapêutica com animais. Os terapeutas recorrem frequentemente aos cães e os cavalos, não só por haver um maior conhecimento científico com sobre os mesmos, mas também por serem animais de fácil vinculação e domesticação. Contudo todos os animais podes oferecer momentos que proporcionem o desenvolvimento competências funcionais no paciente, ou até mesmo estabelecer uma relação empática que acompanhe o individuo em aspetos emocionais e afetivos.

Este trabalho revelou-se bastante enriquecedor para a nossa futura prática profissional, para além de todo o conhecimento que adquirimos ao longo da elaboração do mesmo e de aumentar a nossa visão relativamente a esta área, consideramos que por ambas intervenções, a IAA e a psicomotricidade podem agir em simultâneo no processo terapêutico.

Posto isto, é fulcral que tenhamos conhecimento nas diversas áreas abrangidas, de modo a conseguirmos adaptar o tipo de terapia mais adequada para uma determinada problemática e gerir todo o processo terapêutico englobando um animal como mediador e facilitador na cura, reabilitação ou prevenção dessa mesma patologia.

Concluindo, consideramos a IAA uma área bastante interessante, não só por tudo aquilo que permite oferecer e pela abrangência populacional a que se disponibiliza a responder, mas também pelo impacto bastante positivo na vida dos indivíduos, melhorando significativamente a qualidade de vida, o bem-estar físico, emocional e social, a funcionalidade e autonomia.

2019. Andreia Silva, Andreia Abreu, Cátia Lopes, Mariana Martins e Rita Palma
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