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Os efeitos terapêuticos de equitação na coordenação dos movimentos de crianças com deficiência visual (um estudo longitudinal)  

Steiner, H. (2012). Effect of therapeutic riding on the coordination of movements of blind children (A long-term study). IFAC Proceedings Volumes, 45(18), 207-210. doi:10.3182/20120829-3-hu-2029.00070

A equitação terapêutica pode ser feita individualmente ou em grupo com cavalos. Assim, este estudo acompanha a avaliação da marcha de um grupo de crianças, antes e ao longo da participação ativa em equitação terapêutica durante três anos.

Foram encontradas algumas diferenças significativas entre o antes e depois de três anos de terapia, em parâmetros tais como: o comprimento dos ciclos da marcha - que estão a aumentar, a assimetria entre os dois lados; a diminuir,a largura da marcha; a diminuir, a aproximação á linha central e orientação - a melhorar.

De acordo com os resultados obtidos equitação pode ser benéfica como terapia para crianças com deficiência visual e cegas, e pode até se apresentar como forma de reabilitação em casos que outras terapias não tenham obtido resultados positivo. 


Efeitos da equitação terapêutica nas perceções dos pais sobre a melhoria da deficiência motora e dificuldade intelectual e desenvolvimental

Benton, S., Petr, L., Schneider, L., & Ivey, J. (2019). Effects of therapeutic riding on parental perceptions of mental and physical disability improvement. Journal of Equine Veterinary Science, 76, 115. doi:10.1016/j.jevs.2019.03.175  

A determinação dos benefícios psíquicos e físicos da equitação terapêutica são difíceis de quantificar, mas estes são notados pelos participantes e seus familiares. O objetivo, é então a avaliação destes benefícios notadas pelos pais dos participantes de um programa de equitação terapêutica.

Para esse fim, foi realizado um questionário em papel aos pais dos participantes com um mínimo de 10 semanas de sessões, abordando as melhorias apercebidas. Foi também testado se as categorias idade, o tempo de inscrição

Nos resultados observou-se que indivíduos mais novos e indivíduos com mais de 10 semanas de sessões obtiveram melhores resultados. Foram reportadas melhorias ao nível do equilíbrio no grupo com mais sessões realizadas, indicando que abordagens numa faixa etária mais nova e maior longevidade de terapia pode maximizar os benefícios percebidos em populações com deficiência. 


Respostas comportamentais e fisiológicas de cavalos de terapia a pessoas traumatizadas 

Merkies, K., McKechnie, M. J., & Zakrajsek, E. (2018). Behavioural and physiological responses of therapy horses to mentally traumatized humans. Applied Animal Behaviour Science, 205, 61-67. doi:10.1016/j.applanim.2018.05.019

Este estudo pretende entender como os diferentes estados psicológicos do ser humano afeta o comportamento e resposta do cavalo. O estudo foi realizado com sujeitos diagnosticados e sob tratamento para Perturbação de Stress Pós-Traumático (PSPT), e sujeitos ditos normais

Para cada sessão eram analisadas a frequência cardíaca (FC) do cavalo e do sujeito, e também os níveis de cortisol do cavalo. Em cada sessão foi observado o comportamento do cavalo antes, durante e após o sujeito estar no picadeiro, procurando pelos diversos comportamentos indicativos de stress. Denotou-se que o cavalo andava mais devagar, tinha a cabeça mais baixa, vocalizada e mastigava menos quando qualquer sujeito estava com eles no picadeiro.

Concluindo, as respostas comportamentais e fisiológicas dos cavalos aos seres humanos são mais pronunciadas com base na experiência dos sujeitos com cavalos do que se o sujeito é diagnosticado com um distúrbio mental. Os cavalos estão menos stressados na presença de qualquer sujeito, sendo que mais atentivamente com sujeitos com experiência com cavalos, e aparentam ter mais resposta a sinais físicos do sujeito do que emocionais. Considera-se estes resultados importantes na adaptação de programas de terapia e na justificação das respostas dos cavalos ao interagir com um paciente num contexto terapêutico. 


Uma análise experimental dos efeitos da equitação terapêutica no comportamento de crianças com autismo

Jenkins, S. R., & DiGennaro Reed, F. D. (2013). An experimental analysis of the effects of therapeutic horseback riding on the behavior of children with autism. Research in Autism Spectrum Disorders, 7(6), 721-740. doi:10.1016/j.rasd.2013.02.008

Este estudo avaliou experimentalmente os efeitos da equitação terapêutica no comportamento de crianças com autismo, usando uma linha de base múltipla entre os participantes e um grupo de controlo de lista de espera para fins de comparação.

Concluiu-se que a equitação terapêutica não produziu mudanças sistemáticas na sua afetividade, resposta às iniciações de outros, iniciações espontâneas, comportamentos fora da tarefa, conformidade, problemáticas comportamentais ou linguagem. No entanto, a postura de três dos quatro participantes melhorou durante passeios a equitação terapêutica.

Os pais das crianças em estudo indicam a equitação terapêutica, mais como uma atividade de lazer do que propriamente terapia como tratamento para os sintomas da Perturbação do Espetro do Autismo. Em síntese, este estudo concluiu que a equitação terapêutica não obteve resultados ao nível comportamental, mas não é conclusivo devido á existência de tantos métodos diferentes de terapia com cavalos, assim são necessários mais estudos. 

2019. Andreia Silva, Andreia Abreu, Cátia Lopes, Mariana Martins e Rita Palma
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