Artigos
Terapia assistida por animais e transtornos do neurodesenvolvimento
Marinho, J. (2017). Terapia assistida por animais e
transtornos do neurodesenvolvimento. Psicologia do Desenvolvimento, 17(3). Retirado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/37702/26568
O
contacto direto com animal, e a domesticação maioritariamente do gato e do cão
é algo primordial que se manteve até a atualidade. Deste modo, a companhia que
este proporciona a diversas famílias, bem como o seu carater afetivo permite
criar ambientes harmoniosos que contribuem para o aumento da qualidade de vida
e bem-estar.
Este estudo, avalia vários tipos de intervenção com crianças com dificuldades sociais, cognitivas e físicas, com diversos animais, sendo o deles o gato.
Os gatos apresentam uma grande capacidade vinculativa e de temperamento com a espécie humana, adaptando-se a nossa rotina facilmente. A sua personalidade afetiva e comunicativa permite tornar o tratamento mais positivo e dinâmico.
Contudo, nem todos os pacientes podem usufruir deste tipo de terapias, pelos riscos de saúde especificas elevados, como feridas, alergias ou pele atópica. Deste modo, os médicos tendem a prescrever outro tipo de animais, ao invés do gato de modo a precaver este tipo de situações.
Posto isto, indivíduos com problemas do foro psíquico, hospitalizados ou não, como por exemplo depressão, ansiedade ou esquizofrenia, quando sujeitos a este tipo de terapias revelam alterações a nível comportamental, verificando um aumento da atividade, funcionalidade, autonomia e positivismo. Estes vêm a ajuda dos animais como uma inspiração para a superação de obstáculos e conquista dos seus objetivos, promovendo uma melhoria dos seus estados de saúde, qualidade de vida e bem-estar.
Gatos Como Co-terapeutas na Terapia Assistida por Animais: Resultados Preliminares
Allievi, K., Spricigo, J., Corassa, L., Caon, L., Mattei, M.,
Mueller, E., Olsson, D. e Verardi, A. (2015). Gatos como Co-Terapeutas na
terapia assistida por animais: Resultados Preliminares. MICTI, Campus Santa
Rosa do Sul, Instituto Federal Catarinense. Retirado de https://docplayer.com.br/16286084-Gatos-como-co-terapeutas-na-terapia-assistida-por-animais-resultados-preliminares.html
Este artigo tem como principal objetivo avaliar as caraterísticas do comportamento dos felinos e de que modo pode influenciar a qualidade de vida e bem-estar do ser humano.
Não só no idoso, mas também em fases mais precoces da vida do individuo é essencial para desenvolver a capacidade adaptativa e comunicativa. Os gatos recorrem a sinais sonoros para expressar as suas emoções, como por exemplo a aceitação e prazer através do ronronar, ou a rejeição ou insatisfação através do rugido, que indica agressividade, deste modo, possibilita que o individuo desenvolva também a capacidade comunicativa com o mesmo, percebendo o modo como deve interagir e adequar a sua postura em função do estado emotivo do animal.
Projeto Pêlo Especial- Terapia Assistida por Animais
Allievi, K., Spricigo, J., Corassa, L., Caon, L., Mattei, M.,
Mueller, E., Olsson, D. e Verardi, A. (2018). Projeto pelo Especial - terapia
assistida por Animais. MICTI, Campus Santa Rosa do Sul, Instituto Federal
Catarinense. Retirado de https://publicacoes.ifc.edu.br/index.php/micti/article/view/667
A Terapia Assistida pode ser enquadrada e ajustada em qualquer faixa etária. Deste modo, estes estudos visavam analisar o impacto na qualidade de vida e bem-estar da população alvo, permitindo perceber se indivíduos sujeitos a este tipo de terapias evidenciavam melhorias significativas ao nível intelectual, socioemocional, cognitivo e/ou físico.
Após algum tempo de submissão a terapia assistida por animais, crianças com perturbação do espetro do autismo ou com défices intelectuais, modificaram o seu comportamento, revelando-se mais recetivas e comunicativas.
O processo terapêutico pode ser vantajoso no tratamento de diversas problemáticas em termos sensoriais. O pelo do animal, como por exemplo o do gato, podem estimular a perceção tátil do individuo, contribuindo para ativação osteomioarticular, cooperando no tratamento de artroses ou doenças musculares, principalmente no idoso. Esta ativação pode ser estabelecida através do toque e da caricia no dorso do animal.
Este tipo de terapia com idosos desencadeia melhorias ao nível do humor, da estabilidade emocional, comunicação social, mas principalmente, permite que estes usufruam de momentos de introspeção, permite uma viagem ao passado através do pensamento, emergem lembranças de infância que estimulam a memória e a atenção.
Terapia Assistida por Animais e nuttrição na doença de Alzheimer
Edwards, N. and Beck, A. (2002). Animal-Assisted Therapy and Nutrition in Alzheimer's Disease. Western Journal of Nursing Research, [online] 24(6), 697-712. doi: 10.1177/019394502236642
O ambiente natural e o contacto com a natureza é considerado um ambiente menos stressante do que o ambiente urbano pelo que o contacto direto com a natureza pode ser um meio terapêutico. Desta forma, os tanques de peixes são uma forma de fazer esta introdução da natureza.
Os participantes que observaram tanques de peixe experimentaram diminuições significativas de pressão sanguínea e considerou-se que estes apresentavam uma satisfação geral melhorada.
Percebeu-se também que nos indivíduos idosos, o uso de um tanque terapêutico no campo de visão na hora das refeições fazia com que estas comessem mais pois permaneciam mais tempo sentados à mesa.
Terapias Assistidas por Coelhos num infantário grego
LOUKAKI (Κ. ΛΟΥΚΑΚΗ), K., & KOUKOUTSAKIS (Π. ΚΟΥΚΟΥΤΣΑΚΗΣ), P. (2017). Rabbit-assisted interventions in a Greek kindergarten. Journal of the Hellenic Veterinary Medical Society, 65(1), 43-48. doi: 10.12681/jhvms.15512
Com o objetivo de verificar a eficácia da intervenção assistida por coelhos foi realizado um estudo num jardim de infância na Grécia. Para isto contaram com uma amostra de 39 crianças com idades compreendidas entre os 2,5 e os 4 anos, sem qualquer diagnóstico clinico, que frequentavam o local referido anteriormente. O método utilizado passou pelo registo das reações dos alunos e dos funcionários na presença do coelho na sala de aula e pela realização de questionários a alunos e professores.
A presença do coelho proporcionou várias alterações, nomeadamente no que diz respeito ao aumento de interesse por parte das crianças para participar nas atividades, bem como na facilidade compreender conceitos em sala de aula, para expressar as suas emoções, e socializar e comunicar.
Aves terapêuticas - A presença das aves na terapia animal assistida
Scharra, D. (n.d.). Aves Terapêuticas- A Presença das Aves na Terapia Animal Assistida. Retirado de https://patastherapeutas.org/wp-content/uploads/2015/07/artigo_Aves_Terapeutas_-_A_presenca_das_aves_na_terapia_animal_assistida.pdf
Este artigo, vêm na consequência dos recentes estudos que abordam o tratamento da depressão na 3ª idade revelando os efeitos benéficos obtidos a partir do contacto dos pacientes com aves. Neste propósito refere vários casos em que o estabelecimento desta relação ave - paciente demonstrou a diminuição do estado depressivo e melhoria das suas relações. Assim a participação destes animais, age como facilitador do processo de socialização de pessoas que vivem isoladas.
Atualmente a literatura sobre Terapia Assistida com Animais relata a utilização de cães, cavalos, ratos, coelhos, porquinhos-da-índia e aves auxiliando no tratamento de problemas de linguagem, noção corporal, controlo da ansiedade e em casos de hiperatividade e depressão.
.Em suma, os pássaros proporcionam-nos muitos benefícios, até mesmo no âmbito pedagógico. Na área da interação socioambiental, já existe literatura que relata trabalhos com canários, como auxiliares de aprendizagem tanto para todas as crianças. Posto isto, aves terapeutas é um novo campo de estudo que se está agora a abrir, e novas oportunidades para todos os amantes de aves.